O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo -
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
Fernando Pessoa, Mensagem
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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1 comentário:
Gosto, gosto sim, dei no secundário.... e vai daí como dei no secundário, lembra-me o secundário... e já não gosto tanto!
=p
De qualquer maneira.... era só para dizer à minha amiga loba que estou à espera de mais preciosidades... sejam elas decentes, ou mais quente ;)
Bom fim de semana*****
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